sábado, 6 de novembro de 2010

Decisão tardia




Que noite tardia e confusa, virava-me e voltar a revirar-me, barriga para cima, barriga para baixo, sem conseguir adormecer . Era como se fosses uma dor de cabeça e nela permanecesses . Onde quer que fosse parece que os meus olhos so te viam a ti, parecia que o meu olfacto so captasse o teu cheiro e as minhas mãos inquietas, quisessem voltar a sentir as tuas. Não sei o que fazer ; não sei o que pensar . Levanto-me e percorro o longo corredor devagar como se estivesse a pisar um jardim de flores . Pego no telemovel, digito ''amo-te'' e a indecisão volta . Mando ou não mando? Farta de inseguranças, incertezas e discordancias, não mandei. Na minha cabeça, era tarde demais . Fui para a cama novamente, deitei-me e fechei os olhos . Lembro-me de uma brisa fresca que por estranho que pareça, acalmava-me. De repente, ouço de fundo '' tomaste o caminho errado .'' Abri rapidamente os olhos cheios de curiosidade, mas não avistava ninguém . Brisa fresca era o céu, estava no céu ! Fim ás noites mal dormidas e palavras que nunca foram ditas . Mas errei, aquela mensagem não mandei ! Agora sim, era realmente tarde demais . Sentei-me numa núvem, sorri delicadamente e disse: '' Bem, agora terminou . Não chores por mim, pois essas lágrimas não são merecidas. Olharei sempre por ti . '' E descansei em paz !